De acordo com informações da polícia, a técnica de enfermagem, identificada como Tatiani Cristina Gonçalves, de 41 anos, foi presa como suspeita de ter aplicado a medicação e também de furtar remédios do hospital onde trabalha na cidade. Ela chegou a ser solta após passar por audiência de custódia.
A morte de Edno Júnior está sendo investigada minuciosamente. De acordo com dados apurados, o policial começou a utilizar morfina devido a dores crônicas que sentia após um acidente de carro que resultou em fraturas nas costelas. Em busca de alívio para suas dores, ele teria contratado a técnica de enfermagem para administrar a medicação, mediante pagamento.
As investigações apontam que imagens das câmeras de segurança da casa de Tatiani foram apreendidas. De acordo com o delegado responsável pelo caso, os vídeos mostram o momento em que a medicação é aplicada e o momento em que o policial começa a passar mal, vindo a óbito em seguida. O corpo de Edno Júnior foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Taquaritinga, mas não resistiu.
A técnica de enfermagem alegou que aquela era a primeira vez que ela aplicava medicação no policial e que ele teria chegado com a seringa já pronta. No entanto, a polícia apreendeu ampolas de cloridrato de tramadol, uma vazia e outra cheia, e frascos de soro fisiológico na casa da profissional. O material encontrado foi identificado como desviado da Santa Casa de Taquaritinga, local onde Tatiani trabalhava.
A morte de Edno Júnior gerou comoção na cidade e levantou questões sobre a segurança e a fiscalização no uso e aplicação de medicamentos. Tanto a polícia quanto a Santa Casa de Taquaritinga instauraram investigações para esclarecer o ocorrido, que seguem em sigilo. O Ministério Público também está acompanhando o desenrolar do caso e recorreu da decisão da Justiça que colocou Tatiani em liberdade provisória. A população aguarda ansiosamente por respostas e por justiça para o policial militar que teve sua vida interrompida de forma trágica e prematura.