Durante seu discurso, Lula comprometeu-se com uma postura fortemente eleitoral, direcionando críticas ao atual presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal, a quem chamou de “facínora” e “coisa”. O tom político do evento ecoou quando Lula questionou se alguém se lembrava de alguma obra infraestrutural inaugurada por Bolsonaro, afirmando que “em todos os estados que vou, eu pergunto se alguém lembra uma obra que aquela coisa inaugurou”.
Ao mesmo tempo, o ex-presidente relatou uma “situação inusitada” durante a transição entre 2022 e 2023, afirmando que Bolsonaro “não inaugurou obras, mas inaugurou o ódio”. Lula afirmou que seu governo destinou mais recursos para a área de transportes em um ano do que Bolsonaro durante todo o seu mandato, e prometeu que muito mais está por vir.
Em meio a seu discurso, Lula tentou atrair o apoio dos evangélicos, afirmando que Bolsonaro havia mentido ao dizer que seu governo “fecharia igrejas” e “construiria banheiros unissex”. Lula ainda reforçou sua identificação com a população mais necessitada, declarando que governa “com o coração” e em prol da liberdade e autonomia das mulheres, além de minorias como negros e LGBT.
Por fim, o líder petista encerrou seu discurso pedindo à população que se mantenha alerta contra a disseminação de notícias falsas, e que seja ativa na desmistificação dessas informações. Sua presença na cerimônia e suas declarações claramente sinalizam um afiado discurso de campanha eleitoral, que promete aquecer ainda mais próximo às eleições municipais.