A votação dos destaques ao texto-base da reforma tributária foi longa, levando cerca de três horas para ser concluída. Agora, a proposta de emenda à Constituição precisa ser votada em segundo turno para ser oficialmente promulgada. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, planeja concluir a votação ainda nesta sexta-feira (15).
O destaque principal da votação foi a prorrogação dos incentivos para o setor automotivo, que opôs parlamentares do Sul e Sudeste aos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Antes da votação, foi rejeitada a renovação do incentivo para a indústria de autopeças, mas a produção de baterias de carros elétricos teve sua continuidade garantida.
Outro destaque da votação foi a discussão sobre a incidência do imposto seletivo sobre armas e munições, que foi mantida por 326 votos a 161. A cobrança do tributo sobre bens prejudiciais ao meio ambiente e à saúde foi mantida, enquanto a reinstituição de regimes específicos para alguns setores da economia foi rejeitada.
A segunda votação da reforma tributária na Câmara aconteceu em caráter híbrido, com alguns parlamentares no plenário e outros votando pela internet. A oposição tentou obstruir a votação, mas a proposta seguiu adiante, sem mudanças significativas.
Com o fim da votação em primeiro turno, não é mais possível alterar o texto. Apenas emendas supressivas podem ser votadas em segundo turno. A votação foi marcada por intensos debates e disputas entre diferentes regiões do país, mas o resultado final reflete um avanço no processo de reforma tributária.