Gonet fez questão de fazer um breve relato de sua carreira acadêmica e profissional, enfatizando que sempre se preocupou com o domínio técnico dos direitos fundamentais. Segundo ele, a aplicação técnica desses direitos é essencial para garantir a força vinculante e o máximo respeito à dignidade da pessoa humana.
O indicado foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar o cargo de procurador-geral da Procuradoria-Geral da República (PGR). Sua participação na sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado é um passo importante para a aprovação de sua indicação.
Durante sua fala, Gonet ressaltou que a defesa dos direitos fundamentais sempre foi sua principal motivação na vida profissional. Ele destacou a importância de garantir os direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, conforme estabelecido pela Constituição. Além disso, mencionou sua vasta experiência no Ministério Público Federal e sua atuação como assessor do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Franscico Resek.
O tema do ativismo judicial, que se refere à suposta postura mais ativa do judiciário, também foi abordado por Gonet em sua fala. Ele destacou que há mais de uma década é responsável por disciplinas relacionadas à jurisprudência e direitos fundamentais, com enfoque em críticas ao ativismo judicial.
Ao final de sua apresentação, o indicado à PGR enfatizou o caráter humano da atividade jurídica, ressaltando que o direito foi feito para as pessoas e deve ser tratado como um instrumento indispensável para que todos possam buscar a realização como seres humanos.
A aprovação de Gonet pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo Plenário do Senado é fundamental para que ele possa assumir a vaga deixada por Augusto Aras. Até que essa aprovação ocorra, o cargo está sob a responsabilidade interina da vice-procuradora Elizeta Ramos.