Essa disputa gerou comoção na internet e até mesmo o prefeito Eduardo Paes se envolveu no debate. A prefeitura do Rio de Janeiro chegou a notificar a empresa responsável pelo Bondinho sobre o ocorrido. Após a repercussão do caso, a empresa recuou e pediu desculpas pelo “enorme mal-entendido”.
Carlos Affonso Souza, cofundador e diretor do ITS Rio, explicou que a organização decidiu levar o caso a público como forma de expor os abusos praticados pela empresa e ajudar outras pessoas ou entidades que estejam enfrentando situações semelhantes. O ITS Rio alega que a notificação por parte da companhia é abusiva e fere a lei de direitos autorais.
O ITS Rio respondeu à notificação no prazo estipulado e optou por ocultar a publicação original nas redes sociais como uma medida de boa-fé, porém, isso não impediu a organização de publicizar os argumentos que expõem a abusividade da notificação recebida. A disputa levou o Instituto a publicar um texto na internet explicando que a imagem do Bondinho utilizada foi retirada de um banco de imagens público e gratuito.
O Instituto alega ainda que, por se tratar de estrutura física utilitária, o Bondinho não é passível de proteção por direitos autorais. A empresa responsável pelo Bondinho, por sua vez, afirma que a notificação teve como proposta apenas esclarecer as regras de uso de imagem, mas reconhece que a comunicação não expressou corretamente a intenção da empresa e lamenta o mal-entendido causado.
A empresa responsável pelo Bondinho Pão de Açúcar chegou a informar que está revisando seu processo para assegurar que incidentes como esse não voltem a ocorrer. A polêmica evidenciou a importância do debate sobre direitos autorais e o uso de imagens de cartões postais para fins de divulgação e promoção.