Após a aprovação no Senado, as nomeações serão encaminhadas à Presidência da República para posterior posse das embaixadoras. Durante a sabatina realizada na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Glivânia Oliveira afirmou que buscará atuar pela preservação da paz na região. Ela destacou a importância do encontro entre os presidentes da Venezuela e da Guiana, que acontecerá no próximo dia 14, e será mediado pela Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a Comunidade do Caribe (Caricom) em São Vicente e Granadinas, no sul do Caribe.
Já a diplomata Maria Cristina de Castro Martins, indicada para a embaixada na Guiana, também foi sabatinada na mesma comissão. A situação delicada na região se deve à disputa pelo território de Essequibo, riquíssimo em minérios e pedras preciosas, que está sob controle da Guiana desde a independência do país, em 1966.
A Venezuela alega que o território pertence a ela, desde os tempos do Império Espanhol, e realizou um referendo no qual a população aprovou a transformação de Essequibo em um estado venezuelano. Por sua vez, a Guiana considera o referendo ilegal e afirma que o Laudo Arbitral de 1899, que estabeleceu a fronteira entre os dois países, é indiscutível.
A situação se agravou ainda mais quando o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, determinou a criação de um estado na Guiana e a anexação do território de Essequibo, aumentando ainda mais as tensões na região. Portanto, as novas embaixadoras terão o desafio de lidar com uma das maiores crises diplomáticas da América Latina.
Desta forma, as atuações das embaixadoras brasileiras na Venezuela e na Guiana serão cruciais para mediar e buscar soluções pacíficas para a questão territorial e para garantir a estabilidade e a paz na região fronteiriça, que afeta diretamente o Brasil.