De acordo com a FIJ, os 94 jornalistas mortos em 2023 representam um aumento em comparação com os 67 registrados no mesmo período do ano anterior, e o dobro dos 47 mortos em todo o ano de 2021. A guerra entre Israel e Hamas se destacou como o conflito mais letal para jornalistas em mais de 30 anos, superando até mesmo o conflito Ucrânia-Rússia. Além disso, a organização também lamentou mortes em países como Afeganistão, Filipinas, Índia, China e Bangladesh.
A FIJ chamou a atenção para a necessidade de os agressores serem responsabilizados por seus atos, e pediu a implementação de medidas para garantir a segurança dos jornalistas. A organização destacou que a impunidade em casos de crimes contra trabalhadores da mídia é uma questão preocupante e exortou os governos a esclarecerem totalmente esses assassinatos. Além das mortes, a FIJ também relatou que 393 trabalhadores da mídia foram detidos em diversos países ao redor do mundo.
Os países da América do Norte e do Sul registraram uma queda no número de mortes de jornalistas, em comparação com o ano anterior, relatando sete mortes até agora em 2023, em comparação com 29 no ano passado. Porém, em outras regiões, como África e Ásia, o risco continua alto para os profissionais da mídia. A FIJ destacou que, mesmo em países como China, Hong Kong, Myanmar, Turquia, Rússia e Egito, jornalistas enfrentam perseguição, detenções e violência.
A situação dos jornalistas na Faixa de Gaza foi destacada como particularmente preocupante, com um número sem precedentes de mortes entre os profissionais de mídia. A FIJ enfatizou a urgência de uma nova norma global para a proteção dos jornalistas e a importância de uma aplicação internacional eficaz para garantir a segurança desses profissionais. A organização também reforçou que é proibida a reprodução do conteúdo sem autorização prévia.