Por outro lado, foi concedida liberdade provisória para Vivian Mendes da Silva, presidente estadual da organização Unidade Popular, e ao metroviário Ricardo Senese, do Movimento Luta de Classes, mediante o pagamento de fiança no valor de um salário mínimo. Além disso, eles deverão seguir medidas cautelares como comparecimento mensal ao juízo, justificativa de atividades e atualização de endereço, e proibição de se ausentar da comarca em que residem por mais de oito dias sem prévia comunicação.
A votação em questão foi para aprovar o Projeto de Lei 1.501/2023, que autoriza o governo estadual a vender o controle da Sabesp, e foi aprovada com 62 votos favoráveis e apenas um contrário. Todos os deputados de oposição se retiraram do plenário e não participaram da votação. A sessão foi marcada por protestos dos trabalhadores da companhia e organizações da sociedade civil que são contrários à privatização da empresa.
Durante a votação, houve confronto entre manifestantes e a Polícia Militar, resultando em lesão corporal, dano, associação criminosa, resistência e desobediência. Os integrantes do movimento que resistem à privatização fizeram uma vigília em frente ao 27º Distrito Policial (DP), no Campo Belo, para protestar contra a prisão do grupo.
A advogada Raquel Brito, que assessorou os manifestantes, classificou a prisão como “injusta” e afirmou que houve ilegalidades na condução das pessoas. A reportagem tentou contato novamente com a advogada, mas não obteve sucesso. O caso continua gerando controvérsias e opositores à privatização da Sabesp continuam fazendo manifestações em busca de justiça.