Os resultados apontam que as ocorrências que mais atingiram a população foram as chuvas muito fortes, com 20% de menções, seguidas pela seca e escassez de água, também com 20%, e por alagamentos, inundações e enchentes, com 18%. Além disso, temperaturas extremas (10%), apagões de energia (7%), ciclones e tempestades de vento (6%) e queimadas e incêndios (5%) também foram mencionados como eventos que impactaram a vida dos entrevistados.
A pesquisa também revelou que 98% dos participantes expressaram preocupação com a possibilidade de ocorrência de novos eventos extremos. A falta d’água ou seca foi apontada como o evento que mais gera receio nos brasileiros, com 34% de menções, seguida por alagamentos, inundações e enchentes (23%) e queimadas e incêndios (18%).
Além disso, a pesquisa mostrou que 84% dos entrevistados apoiam investimentos em fontes renováveis de energia. Eles também associaram diretamente o petróleo, o carvão mineral e o gás fóssil à piora da crise climática, com 73%, 72% e 67% de menções, respectivamente.
Henrique Frota, diretor executivo do Instituto Pólis, ressaltou a importância dos resultados da pesquisa, afirmando que eles mostram o desejo dos brasileiros por investimentos prioritários em fontes renováveis de energia. Ele destacou que o custo político para as autoridades governamentais que insistem em apostar em fontes não renováveis só tende a aumentar. Frota defende que os números demonstram claramente a compreensão da população sobre a importância desses investimentos para o combate às mudanças climáticas.