Nas últimas 24 horas, o afundamento foi de 10,8 centímetros, acumulando um total de 1,69 metros desde a última terça-feira (28). A Defesa Civil não registrou novos abalos sísmicos na mina número 18, após ter detectado dois tremores na sexta e no sábado, de magnitude 0,39 e 0,89, respectivamente, ambos a 300 metros de profundidade.
A população recebe a orientação de não transitar na área desocupada da capital, em virtude dos riscos associados à movimentação do solo. Desde 2019, aproximadamente 60 mil pessoas tiveram que deixar suas casas devido aos tremores de terra, que causaram rachaduras nos imóveis da região. A exploração de 35 minas de sal-gema pela Braskem foi responsável por deixar milhares de pessoas desabrigadas e transformar bairros antes movimentados em lugares praticamente desertos.
Uma decisão judicial resultou na retirada de 23 famílias que ainda resistiam ao despejo no bairro do Pinheiro. Segundo a Defesa Civil, a área da mina número 18 representa uma ameaça iminente de desabar a qualquer momento, com potencial para criar uma cratera maior que o estádio do Maracanã.
Desde a última quarta-feira (29), os moradores que permanecem em áreas ainda não evacuadas estão em estado de alerta. A empresa Braskem informou que, embora exista a possibilidade de um grande desabamento na área, também há a chance de estabilização e interrupção do processo de afundamento.
A situação da mina de sal-gema em Maceió continua a ser monitorada de perto pelas autoridades, tendo em vista o impacto significativo que essa ocorrência tem tido na vida das pessoas que residem na região afetada. As ações para garantir a segurança e o bem-estar da população afetada pela movimentação do solo permanecem como prioridade das autoridades locais e da empresa responsável pela mina.