De acordo com a apresentação do relatório, assinada pelo Secretário-Geral da Organização Meteorológica Mundial e pela secretária-geral adjunta das Nações Unidas e Diretora Executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o documento confirma que o uso insustentável e desigual de energia e da terra, assim como mais de um século de queima de combustíveis fósseis, causaram o aquecimento global. A previsão do relatório é de que a temperatura global aumentará em 1,5°C na primeira metade da próxima década e será muito difícil controlar o aumento da temperatura dentro de 2°C até o final do século XXI.
A tradução do Relatório Síntese do IPCC foi uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em conjunto com o Pacto Global da ONU no Brasil, com o objetivo de ampliar a difusão de informações científicas sobre mudança do clima para toda a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que inclui nove países além do Brasil.
O CEO do Pacto Global da ONU no Brasil ressaltou que a tradução do relatório é um esforço que visa tornar as informações científicas acessíveis a mais pessoas e países, além de incentivar ações assertivas em relação às mudanças climáticas. A ministra Luciana Santos, do MCTI, afirmou que a elaboração do relatório contou com a contribuição de diversos cientistas brasileiros nos grupos de trabalho e no processo de elaboração dos relatórios.
Esta é a quinta vez que o MCTI e o Pacto Global da ONU no Brasil traduzem documentos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas para o português. Todos os documentos traduzidos visam disseminar informações sobre mudanças climáticas e suas consequências para a população dos países de língua portuguesa.
A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), criada em 1996, tem como objetivo intensificar as relações entre os países lusófonos e promover o desenvolvimento sustentável. Apesar da articulação de quase 30 anos, os países da CPLP não formam um bloco de negociação na COP28.