Diante desse cenário, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo. As informações divulgadas pela Defesa Civil são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.
A mina 18 é formada por cavernas abertas pela Braskem para extração de sal-gema, e estava sendo fechada desde que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a atividade havia provocado o afundamento do solo na região. O sal-gema é uma matéria-prima usada na indústria para obtenção de produtos como cloro, ácido clorídrico, soda cáustica e bicarbonato de sódio.
Diante do iminente colapso da mina, a prefeitura de Maceió decretou situação de emergência por 180 dias. Com a área já desocupada e a circulação de embarcações da população restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, a situação é de extrema gravidade. Nove escolas foram estruturadas para receber até 5 mil pessoas vindas das regiões afetadas, com carros-pipa, colchões, alimentação, equipes de saúde, Guarda Municipal e assistência social.
A situação também chamou a atenção do governo federal, com a visita dos ministros do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e dos Transportes, Renan Filho, a Maceió, acompanhados de uma equipe de técnicos para monitorar a situação e prestar assistência necessária.
Em meio a esse cenário, a Braskem continuou mobilizada e monitorando a situação da mina 18, tomando todas as medidas necessárias para minimizar o impacto de possíveis ocorrências. A empresa destacou que a área está isolada desde terça-feira (28) e ressaltou que a região está desabitada desde 2020.
Diante da gravidade da situação, o governador Renan Filho destacou a necessidade de responsabilização da empresa. Ele afirmou que a Braskem precisa ser responsabilizada civil e criminalmente pelo crime ambiental cometido em Maceió, garantindo a reparação aos danos materiais e ambientais causados aos maceioenses. Já o ministro Wellington Dias ressaltou a gravidade da situação, mencionando a possibilidade de abalos sísmicos e o afundamento de bairros como consequência de um possível crime socioambiental. Ele destacou que o MDS está atento para acompanhar de perto a situação e prestar a assistência necessária.
A situação permanece em alerta máximo, com a Defesa Civil e demais autoridades monitorando de perto todos os desdobramentos e adotando as medidas necessárias para evitar uma catástrofe na região do antigo campo do CSA, no Mutange.