Por determinação da Justiça Federal e atendendo a um pedido do Ministério Público, 23 residências próximas ao bairro do Mutange, incluindo regiões como Bom Parto e Bebedouro, tiveram de ser desocupadas. A decisão permitiu até mesmo o uso de força policial, se necessário, para garantir a evacuação.
Enquanto isso, no bairro vizinho de Pinheiro, embora não tenha havido uma ordem formal de evacuação, alguns moradores têm optado por deixar suas casas por precaução. Desde 2018, mais de 14 mil imóveis na região já foram desocupados, afetando mais de 60 mil pessoas e resultando em uma enorme tragédia provocada pela mineração urbana.
A responsabilidade da Braskem em indenizar os afetados foi ressaltada, mas muitos processos têm se arrastado por anos, gerando ainda mais impasses para as famílias atingidas. Para lidar com a gravidade da situação, seis escolas estão sendo preparadas para receber os moradores evacuados.
No entanto, muitas famílias têm manifestado preocupação em relação à segurança de seus pertences deixados nas casas e à falta de garantias sobre o futuro após a evacuação. Na quarta-feira (29/11), a Defesa Civil já havia emitido um alerta crítico sobre o risco de colapso iminente em uma das minas monitoradas, ressaltando a possibilidade de uma cratera de grandes proporções.
As minas em questão são o resultado de décadas de exploração de sal-gema, formando cavernas que estavam em processo de fechamento. Diante dos recentes acontecimentos, a Braskem emitiu uma nota, informando a paralisação de suas atividades na Área de Resguardo devido a microsismos e movimentações atípicas no solo. A empresa destacou que a área foi isolada preventivamente, em conformidade com os protocolos estabelecidos pela companhia e pela Defesa Civil.
Diante desse cenário preocupante, fica evidente a urgência de um posicionamento efetivo por parte das autoridades e da empresa responsável, visando garantir a segurança da população e solucionar de forma eficaz esse grave problema.