Victor César dos Santos, que recentemente ocupava o cargo de superintendente regional da Polícia Federal no Distrito Federal, foi exonerado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em janeiro deste ano, após a invasão de golpistas aos prédios da esplanada dos ministérios. As circunstâncias de sua exoneração não foram detalhadas pelo governo.
Ao anunciar a recriação da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Cláudio Castro não forneceu muitos detalhes sobre a medida. Não ficou claro se a decisão implicará na extinção das secretarias de Estado da Polícia Civil e da Polícia Militar, que foram criadas após a extinção da Secretaria de Segurança em 2019.
A recriação da Secretaria foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial do Estado, juntamente com o decreto que nomeia Victor dos Santos como secretário. No entanto, os decretos não determinam a extinção das outras duas pastas, então, ao menos inicialmente, elas irão coexistir.
O anúncio feito pelo governador através das redes sociais destacou que uma das primeiras ações da pasta será a criação de um plano de segurança que integre ainda mais as forças do estado, além do investimento em uma corregedoria unificada para trazer mais rigor às investigações. Claudio Castro reforçou o compromisso do governo de combater a criminalidade que assola não só o Rio de Janeiro, mas também o Brasil.
Além da recriação da Secretaria, o governador solicitou ajuda do governo federal para conter as recentes dificuldades em relação à segurança pública do estado, resultando na decretação de uma nova missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) pelo presidente. A operação mobilizou a Força Aérea Brasileira e a Marinha para atuar nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Essa nova missão de GLO foi decretada após episódios de grande repercussão, como a execução de três médicos na Barra da Tijuca e a recuperação de armas furtadas do Exército encontradas na capital fluminense. Além disso, ocorreram incêndios de ônibus na zona oeste da cidade após um miliciano morrer durante confronto com policiais.
O governo fluminense, ao ser questionado para fornecer mais detalhes sobre a medida, encaminhou uma nota com poucos esclarecimentos além do que já havia sido divulgado pelo governador. Não foram informados detalhes sobre onde será a sede da secretaria recriada, uma vez que, quando foi extinta em 2018, funcionava no prédio da Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro.