Durante a reunião, as convidadas alertaram para os riscos da prescrição indiscriminada de medicamentos, apontando que além de desencadear outras doenças, essa prática pode afetar a disponibilidade dos remédios nas farmácias. A professora da Unicamp, Maria Aparecida Moysés, destacou que o que está ocorrendo é uma multiplicação de diagnósticos imprecisos, o que pode levar a um aumento no consumo de medicamentos desnecessários e prejudiciais à saúde dos pacientes.
Segundo as especialistas, a medicalização excessiva de crianças e adolescentes pode acarretar em efeitos adversos graves, além de contribuir para a escassez dos medicamentos para aqueles que realmente necessitam. Portanto, é necessário um cuidado redobrado na avaliação e prescrição de medicamentos para doenças neurológicas, visando sempre o bem-estar e a saúde dos pacientes.
A preocupação dos participantes do debate é válida, uma vez que a prescrição indiscriminada de medicamentos para TDAH e outras doenças neurológicas é uma questão que impacta diretamente a saúde e a qualidade de vida de crianças e adolescentes. Por isso, é fundamental que órgãos e profissionais de saúde atuem de forma responsável e criteriosa na prescrição desses medicamentos, sempre baseando-se em diagnósticos precisos e em estudos científicos.
Diante do exposto, o debate na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) trouxe à tona uma questão de extrema relevância para a saúde pública, e reforçou a importância de se debater e regulamentar a prescrição de medicamentos para TDAH e outras doenças neurológicas em crianças e adolescentes. É fundamental que haja um maior controle e responsabilidade na utilização desses medicamentos, visando sempre o bem-estar e a saúde dos pacientes.