Apesar da relevância do tema, a votação do projeto foi prolongada devido à forte obstrução por parte de parlamentares do Novo e do PL, estendendo-se por cerca de quatro horas. O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) expressou sua crítica à proposta, questionando se a desigualdade só existe no mês de agosto, enquanto o deputado Eli Borges (PL-TO), representante da bancada evangélica, alegou que o projeto aborda questões de gênero de forma abrangente e sem explicação detalhada.
Em resposta às críticas, o autor do projeto, Guilherme Boulos, esclareceu que a proposta não trata especificamente de questões de gênero, argumentando que o enfrentamento das desigualdades sociais é o foco principal do texto. O relator, deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), defendeu a importância da criação de um mês dedicado à análise das políticas sociais, ressaltando o papel do Legislativo como fiscalizador das ações do Poder Executivo e na promoção de políticas públicas voltadas à superação das desigualdades estruturais no país.
A aprovação do projeto representa um marco na agenda legislativa voltada para a promoção da igualdade social. O reconhecimento do mês de agosto como um período dedicado à conscientização e fiscalização das práticas governamentais relacionadas às desigualdades reforça o compromisso do Congresso Nacional com a promoção de políticas públicas que visam a superação de obstáculos que impactam a equidade social no Brasil.
Agora, o Projeto de Lei 4035/23 aguarda a votação de um destaque para concluir a apreciação na Câmara dos Deputados. A relevância do tema e a atenção dada pelos parlamentares ao projeto refletem a importância do debate e da busca por soluções no combate às desigualdades sociais no país.