A greve foi motivada, segundo a Findect, pela “recusa dos Correios em resolver questões relacionadas à assinatura de acordo coletivo”. A entidade ressaltou que a paralisação impacta “40% do efetivo nacional da empresa e 60% do fluxo postal do país”. Atualmente, o Brasil conta com 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios.
Segundo a Findect, um dos principais pontos de conflito é a não incorporação de 250 reais ao salário base, o que foi descrito como “uma afronta direta aos trabalhadores que contradiz o que foi negociado na mesa de negociação coletiva”. A entidade também apontou que nos últimos 50 dias buscou diálogo com a direção da empresa para corrigir as 26 inconsistências identificadas antes da assinatura do acordo coletivo.
Outro ponto de discordância é a realização de um concurso público pelos Correios, que, até o momento, não foi realizado. A empresa, por sua vez, ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto.
A Findect também manifestou preocupação com a iminente tributação sobre uma bonificação acordada em janeiro entre empresa e sindicatos, de 1.500 reais. A federação alega que essa tributação “representa um sério risco de redução substancial desses valores, agravando os prejuízos para os trabalhadores”.
Até o momento, a empresa dos Correios não se pronunciou publicamente sobre a situação. A paralisação está marcada para começar na véspera da Black Friday, o que impactará diretamente o transporte e a entrega de encomendas em um momento crucial para o comércio e as compras online.
Diante desse impasse, fica evidente a necessidade de diálogo e negociação entre as partes envolvidas, visando encontrar soluções que atendam aos interesses dos trabalhadores e da empresa. A população e o comércio também serão afetados, o que amplia a importância de encontrar uma resolução para esse conflito. A situação permanece em desenvolvimento, e novas informações devem surgir nos próximos dias.