De acordo com o ministro, episódios anteriores de xingamentos e tumultos em convocações passadas foram citados como motivos para a ausência, e solicitou providências em relação ao comportamento do presidente da comissão, deputado Sanderson (PL-RS), alegando falta de imparcialidade e capacidade por parte do parlamentar.
Dino também propôs que a reunião fosse realizada em uma comissão geral no plenário da Câmara, utilizando argumentos similares aos já apresentados para justificar sua ausência na convocação anterior, que ocorreu em 24 de outubro.
Contudo, o deputado Sanderson afirmou que a ausência do ministro poderia configurar um possível crime de responsabilidade, conforme o Artigo 50 da Constituição Federal. “Ministros de Estado, quando convocados, havendo pertinência temática e há, e não comparecendo, ele automaticamente comete crime de responsabilidade. A menos que tivesse uma justa causa, uma doença, ou que foi convocado para uma reunião internacional de última hora, mas não é isso. Ele não vem porque não quer”, reclamou o deputado.
No documento encaminhado ao presidente da Câmara, o ministro argumentou que certas manifestações de deputados da oposição ao governo atual representam ameaças à sua integridade física, alegando ter sido aconselhado a não comparecer à sessão. Dino também incluiu fotos de parlamentares de diferentes espectros políticos quase se envolvendo em confrontos físicos para ressaltar o clima de hostilidade e desordem que, segundo ele, tem marcado os trabalhos da comissão.
O ministro da Justiça e Segurança Pública tem sido convocado repetidamente pela Comissão de Segurança da Câmara para prestar esclarecimentos sobre diversos assuntos, incluindo os eventos de 8 de janeiro considerados golpistas, a regulamentação do porte de armas, invasões de terras e supostas interferências na Polícia Federal, entre outros temas.