Os números revelam que três em cada dez mulheres no Brasil foram vítimas de violência doméstica perpetrada por homens. O estudo ainda revela que mais de 25,6 milhões de mulheres em todo o país foram vítimas de violência doméstica nos últimos 12 meses.
Os dados também mostram que a maioria das vítimas experimenta sua primeira agressão em idades jovens. As agressões são mais comuns em mulheres entre 19 e 24 anos, atingindo 22%, seguido por 17% na faixa etária de 15 a 18 anos, e 16% entre 30 e 39 anos.
Além disso, a pesquisa aponta que a violência psicológica é o tipo mais comum, representando 89% das respostas. Em seguida, vem a violência moral, presente em 77% dos casos, e a violência física em 76%. A violência patrimonial afeta 34% das vítimas, enquanto a violência sexual atinge 25%.
Os resultados também indicam que quanto menor a renda, maiores são as chances de uma mulher ter sofrido violência doméstica. Cerca de 35% das mulheres com renda familiar de até dois salários mínimos afirmam ter sido vítimas, enquanto o percentual cai para 28% entre mulheres com renda entre dois e seis salários mínimos, e 20% entre aquelas com mais de seis salários.
A pesquisa aponta ainda que a maioria das mulheres agredidas foi vítima de violência praticada pelo marido ou companheiro (52%), seguido por ex-marido, ex-namorado ou ex-companheiro (15%), e outros parentes. No entanto, 73% das mulheres que estavam em um relacionamento abusivo conseguiram encerrá-lo.
Apesar dos números assustadores, apenas 27% das mulheres que sofreram violência doméstica solicitaram medida protetiva, e 48% relataram descumprimento da ordem. Além disso, apenas 22% procuraram a delegacia da mulher após a última agressão, destacando uma dificuldade de acesso a esses serviços.
Os números ilustram a gravidade da situação e a urgência de medidas efetivas para combater a violência contra a mulher no Brasil. Medidas de proteção e apoio às vítimas são cruciais para reverter essa realidade preocupante.