Durante a entrevista, Gustavo Gayer fez declarações associando africanos a pessoas com quociente de inteligência (QI) baixo, afirmando que a população daquele continente não tem capacidade para viver em um regime democrático. Além disso, o deputado chamou o presidente Lula de “bandido”, o que gerou ainda mais polêmica.
As declarações de Gayer foram levadas à PGR pela Advocacia-Geral da União (AGU) e parlamentares da base governista, levando posteriormente à denúncia. A vice-procuradora em exercício, Ana Borges Santos, afirmou que as palavras utilizadas pelo deputado não estão cobertas pela imunidade parlamentar. Ela destacou que o discurso foi “dolosamente ofensivo, injurioso, depreciativo e aviltante”.
Até o momento, o gabinete de Gayer não se pronunciou sobre a denúncia. A Agência Brasil tentou contato com o deputado, mas aguarda retorno para obter posição sobre o caso.
Em vídeo publicado nas redes sociais na época dos fatos, Gayer afirmou que sua entrevista foi tirada de contexto e publicada na internet. Ele justificou seus comentários sobre a qualidade da educação e subnutrição no continente africano, alegando que esses fatores têm impacto no QI da população.
As declarações do deputado causaram grande repercussão e desencadearam um debate sobre o uso responsável da liberdade de expressão por parte de autoridades políticas. O caso deve seguir para análise no âmbito judicial, onde Gustavo Gayer terá a oportunidade de apresentar sua defesa em relação às acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República.