Sob a direção de Luiz Fernando Lobo, a exposição acontece no Armazém da Utopia, localizado no Armazém 6, na Praça Mauá, região central do Rio de Janeiro. A mostra conta com a participação de 15 atores, que retratam a história do ponto de vista do trabalhador por meio de intervenções teatrais. A exposição mescla artes visuais, artes cênicas, música, literatura, instalações multimídia e cinema. Além disso, os momentos históricos que deram origem às greves do ABC no final dos anos 1970 e ao novo sindicalismo também são representados.
A produtora Tuca Moraes destacou a importância simbólica de realizar a exposição em um momento em que o grande armazém centenário está passando por obras. Segundo ela, cerca de 40 operários estão trabalhando no restauro, reforma e construção do novo Armazém da Utopia, o que estabelece um diálogo entre arte e realidade.
O Armazém da Utopia, onde a exposição está sendo realizada, conta com acessibilidade arquitetônica e intérprete de Libras em três sessões. A exposição foi viabilizada pelo Ministério da Cultura.
A Companhia Ensaio Aberto, responsável pela organização do evento, tem uma trajetória de 30 anos e tem como proposta retomar o teatro épico no Brasil. Algumas das peças em seu repertório, como “Cemitério dos Vivos”, “Missa dos Quilombos”, “Dez Dias Que Abalaram o Mundo”, “O Dragão” e “Morte e Vida Severina”, foram aclamadas pelo público e pela crítica.
Em 2022, o Armazém da Utopia foi reconhecido como patrimônio imaterial cultural do estado e do município do Rio de Janeiro. Este reconhecimento representa a importância do local para a história da cultura e arte no Brasil.