Os advogados de defesa alegaram que Englert não esteve no quartel-general do Exército antes dos ataques que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes, fato confirmado pela Polícia Federal após perícia. No entanto, Moraes manteve a condenação, ressaltando que existem provas da participação do réu nos atos de 8 de janeiro.
Eduardo Zeferino Englert, natural de Santa Maria (RS), foi preso dentro do Palácio do Planalto, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) o acusou de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
A defesa do réu alega que, apesar de estar presente no Palácio do Planalto, Englert não teve envolvimento na depredação do edifício. Alegam também que ele não esteve nos acampamentos com os demais manifestantes.
O julgamento no STF já condenou 25 réus por penas que variam de 14 a 17 anos de prisão, além do pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. Estes julgamentos foram realizados em plenários físicos e virtuais, com todos os réus denunciados pela PGR.
A decisão de Moraes de manter a condenação de Eduardo Zeferino Englert gera polêmica, ainda mais considerando o fato de a Polícia Federal ter confirmado que o réu não esteve no local antes dos ataques. A defesa do empresário promete recorrer da decisão do STF, alegando falhas no processo e falta de provas contundentes contra seu cliente.
O desfecho desse caso promete continuar gerando debates e discussões sobre os limites da atuação do STF e a validade das provas apresentadas no julgamento dos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro. A sociedade aguarda por desdobramentos e possíveis reviravoltas nesse caso que tem gerado bastante repercussão.