O debate foi proposto pela deputada Luizianne Lins (PT-CE), que ressaltou a gravidade da situação, destacando que a pandemia resultou na perda de mais de 700 mil pessoas no Brasil, deixando milhares de filhos órfãos. A deputada enfatizou o alto impacto emocional que a ruptura do vínculo com seus cuidadores principais causa, deixando marcas emocionais duradouras.
Um estudo realizado pela cientista Susan Hills e publicado na revista The Lancet trouxe dados alarmantes, estimando que entre março de 2020 e abril de 2021, 1,5 milhão de crianças e adolescentes tenham perdido pai e/ou mãe em todo o mundo. No Brasil, nesse mesmo período, o levantamento projetou 113 mil órfãos.
Diante desse cenário preocupante, a deputada Luizianne enfatizou a importância da mobilização da sociedade para pressionar a criação de políticas direcionadas aos órfãos da pandemia. Para ela, as ações governamentais precisam garantir não apenas apoio material, mas também suporte emocional e psicológico, visando à reintegração desses jovens e seu pleno desenvolvimento como cidadãos.
A preocupação com o impacto emocional e psicológico que a perda dos pais ou responsáveis causa nas crianças e adolescentes órfãos é uma questão urgente que precisa ser tratada com sensibilidade e responsabilidade. Espera-se que a discussão na comissão do parlamento leve a medidas efetivas que visem o cuidado e proteção desses jovens que enfrentam uma situação tão delicada e dolorosa. A realização de políticas públicas voltadas para esse grupo vulnerável se torna cada vez mais latente e crucial para mitigar os impactos sociais e emocionais desencadeados pela pandemia.