De acordo com as informações do jornal, a funcionária teria trabalhado ilegalmente e em longas jornadas enquanto Neymar atuava pelo Paris Saint-Germain. Ela alega que trabalhou durante um ano e meio em Bougival, nos arredores de Paris, e está buscando uma indenização de R$ 2 milhões na Justiça do Trabalho da França.
A ex-empregada, de 35 anos, começou a trabalhar para Neymar durante a festa de aniversário do jogador em 2019, inicialmente como ajudante de cozinha. Mais tarde, foi contratada por outros funcionários do atacante, passando a trabalhar fixamente para o jogador a partir de maio de 2020.
Ela acusa Neymar de não remunerar as horas extras trabalhadas e relata que foi obrigada a continuar trabalhando até 15 dias antes do nascimento prematuro de seu quarto filho, sem acompanhamento médico.
O jornal revelou que a ex-funcionária registrava suas horas extras em um caderno, já que não possuía contrato formal de trabalho. Além disso, ela recebia 15 euros por hora (cerca de R$ 79 na cotação atual) e trabalhava quase 70 horas por semana, sem direito a um dia de folga. Ela também afirmou que era responsável por todas as tarefas domésticas, incluindo cortar as unhas dos companheiros do atacante.
Por não ter um contrato formal, a ex-funcionária recebia seu pagamento em dinheiro vivo, evitando assim declará-la como funcionária para o sistema fiscal local. Além disso, ela não possuía visto de trabalho para permanecer na França. O Le Parisien relatou que ela tentou buscar um acordo amigável, porém sem sucesso.
O caso coloca Neymar mais uma vez no centro de polêmicas extracampo, o que tem sido recorrente ao longo de sua carreira. O jogador terá que lidar com mais este episódio enquanto tenta manter o foco no desempenho dentro de campo. A situação também levanta questões sobre o tratamento dado pelos atletas aos seus funcionários, e como as leis trabalhistas são aplicadas no ambiente do futebol de elite. A equipe de assessoria de Neymar não se pronunciou sobre o assunto até o momento.