Segundo Vieira, Lula tem mantido constante contato com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, além de líderes do Egito, Israel, Catar e outros atores importantes envolvidos no conflito no Oriente Médio. O ministro ressaltou que, apesar da situação dos brasileiros e de seus familiares estar temporariamente resolvida, a situação do conflito continua grave.
O processo de repatriação foi marcado por negociações complexas devido à região em guerra e às circunstâncias difíceis. Vieira explicou que houve necessidade de acordos e boa vontade tanto do lado de Israel quanto do Egito para garantir a saída do grupo de brasileiros. Ele também ressaltou que a lista de brasileiros aguardando repatriação foi atendida em ordem de prioridade.
Após a partida do grupo de brasileiros de Gaza, o Itamaraty continuará prestando apoio aos brasileiros na região e tratando de eventuais novos casos de brasileiros que queiram deixar a região. A previsão é que a aeronave com o grupo de repatriados deixe o Cairo e faça paradas técnicas em Roma, Las Palmas e Recife antes de pousar em Brasília.
O ministro revelou que o presidente Lula manifestou interesse em recepcionar os cidadãos, mas não confirmou se isso de fato acontecerá. A aeronave VC-2, cedida pela Presidência da República, será usada como parte da Operação Voltando em Paz do governo federal, que já repatriou 1.477 passageiros de áreas de conflito no Oriente Médio.
Os conflitos entre Israel e o Hamas, que resultaram em ataques surpresa e respostas violentas, têm causado mortes, feridos e desabrigados em ambos os territórios. A guerra tem origem na disputa por territórios e tem deixado milhares de vítimas. O presidente Lula segue ativo na busca por uma solução pacífica para a região.