Composto por um total de 34 brasileiros ou palestinos em processo de naturalização, o grupo estava localizado nas cidades de Khan Yunis e Rafah, no sul de Gaza. A espera tem sido angustiante para essas pessoas, que desejam deixar a região em busca de segurança e melhores condições de vida.
Um dos membros do grupo, o comerciante Hasan Rabee, de 30 anos, compartilhou em uma rede social sua despedida emocionada da mãe. Ele expressou a dificuldade de deixar a família para trás, preocupado com as condições precárias em que eles se encontram. Hasan relatou a esperança de que uma segunda lista de autorizações seja liberada para permitir que seus parentes deixem a região também.
Posteriormente, Hasan enviou um vídeo para a Agência Brasileira mostrando o grupo em um ônibus em direção a Rafah, vinda de Khan Yunis, distantes cerca de 10 quilômetros. Ao chegar na fronteira, ele compartilhou que esta permanecia fechada, aguardando a chegada das ambulâncias para transportar os feridos. A situação foi descrita como crítica, já que sem a entrada dos feridos, ninguém poderia viajar.
Apesar do contratempo, uma expectativa positiva permanece entre o grupo, pois caso nenhum problema adicional ocorra, há a possibilidade de que consigam finalmente cruzar para o Egito ainda hoje. A fronteira de Rafah fechou duas vezes nos últimos dias, uma delas devido a um bombardeio israelense a um comboio de ambulâncias. Na última quarta-feira, o fechamento foi atribuído a questões de segurança, conforme informado pelos Estados Unidos.
A incerteza e a angústia têm sido o panorama para esses brasileiros e palestinos que aguardam a oportunidade de deixar a Faixa de Gaza em busca de paz e segurança. A espera continua, mas a esperança persiste de que em breve possam encontrar o alívio tão esperado.