O julgamento está marcado para às 8h30, no salão de sessões do 1º Tribunal do Júri de São Luís, no Fórum Des. Sarney Costa (Calhau) e será presidido pelo juiz Gilberto de Moura Lima, titular da 1ª Vara do júri. O promotor Rodolfo Soares Reis será responsável pela acusação, enquanto o advogado Romualdo Silva Marquinho irá defender a ré. Ao todo, serão ouvidas 10 testemunhas.
Segundo informações do inquérito policial, Luciana Paula Figueiredo tentou tirar a vida de sua mãe mediante asfixia. No momento do crime, a acusada acompanhava a mãe, que estava internada no Hospital Carlos Macieira, quando outros acompanhantes de pacientes próximos observaram a ré tentando sufocar sua mãe com um pano. Ao perceber que estava sendo observada, a acusada tentou disfarçar, fazendo parecer que estava apenas limpando a boca da vítima. No entanto, de acordo com o inquérito, Luciana tentou asfixiar a mãe novamente quando as técnicas de enfermagem deixaram o leito da vítima. Um acompanhante de outro paciente filmou a ação e levou as imagens para a enfermaria, que acionou a Polícia Militar. Ana Benedita Figueiredo foi imediatamente levada para a UTI em estado grave. Luciana Figueiredo foi denunciada pelo Ministério Público por tentativa de homicídio qualificado mediante asfixia.
A cronologia do caso mostra que em 28 de maio de 2021, o juiz Gilberto de Moura Lima determinou a pronúncia da ré para ser julgada pelo júri popular. Durante o processo, Luciana entrou com um pedido de incidente de insanidade mental, mas após perícia, o juízo concluiu que ela é plenamente imputável. Em 18 de janeiro de 2023, o magistrado suspendeu o processo até o julgamento dos recursos da acusada. Finalmente, no dia 23 de maio de 2023, foi marcada a sessão de julgamento para o dia 19 de outubro.
Este caso chocou a cidade de São Luís e despertou debates sobre a saúde mental e a segurança dos pacientes nos hospitais. A expectativa agora é de que o júri popular analise cuidadosamente as evidências e decida sobre a culpabilidade da ré no crime de tentativa de homicídio contra sua própria mãe. O desfecho deste julgamento terá grande impacto na vida tanto de Luciana Paula Figueiredo quanto de Ana Benedita Figueiredo e suas famílias.