Hasan foi à rua para mostrar a destruição no prédio ao lado de onde está abrigado e relatou que vizinhos tentam salvar as pessoas atingidas pela bomba. Segundo ele, a casa ao lado foi atacada e muitas pessoas ficaram feridas. Ele lamentou a situação, classificando-a como um absurdo. Enquanto isso, na cidade de Rafah, um grupo de brasileiros e seus familiares também aguardam a abertura das fronteiras. Shahed al-Banna, de 18 anos, disse em vídeo que é difícil encontrar água e gás no país devido ao fechamento das fronteiras, mas a embaixada tem ajudado no que é possível. Ela relatou que todas as noites são terríveis devido aos bombardeios constantes.
Cerca de 30 brasileiros e seus familiares estão sendo acompanhados pela Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, e aguardam a abertura da fronteira com o Egito. O embaixador brasileiro de Ramala, Alessandro Candeias, revelou que a situação é preocupante, pois mesmo com a ajuda financeira enviada pela Embaixada, há dificuldades para encontrar água e alimentos. Os brasileiros estão hospedados em casas alugadas pelo governo brasileiro, que tem informado a localização exata das residências para evitar que sejam alvo de bombardeios.
Segundo o embaixador, as perspectivas são de rápida deterioração das condições de vida e segurança na região. Ele afirmou que os brasileiros precisam ser autorizados pelas partes envolvidas a sair o mais rápido possível para retornarem em segurança ao Brasil. A situação atual é extremamente preocupante, e a prioridade é garantir a segurança dos brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza e possibilitar que eles retornem ao Brasil o mais rápido possível.