Lula afirmou que o governo fará tudo o que for possível para cumprir a meta fiscal, mas ressaltou que não é necessário atingir o resultado zero. Segundo ele, o país não precisa disso e ele não estabelecerá uma meta que obrigue cortes bilionários em obras prioritárias no início do ano. O presidente argumentou que muitas vezes o mercado é ganancioso demais e cobra metas que sabe que não serão alcançadas.
Lula questionou o impacto de um déficit de 0,5% ou 0,25% para o Brasil, afirmando que isso não significa nada. No entanto, o novo arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso Nacional estabelece uma meta de resultado primário zero para o próximo ano, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual, permitindo um superávit ou déficit no mesmo patamar.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já reconheceu que zerar o déficit será um desafio e que será necessário o apoio do Congresso Nacional para alcançar essa meta. Nos últimos meses, o governo enviou várias medidas provisórias e projetos de lei com o objetivo de reduzir ou extinguir benefícios fiscais concedidos nos últimos anos e aumentar a arrecadação.
O projeto de Orçamento de 2024 prevê um pequeno superávit primário de R$ 2,84 bilhões, o que equivale a 0% do Produto Interno Bruto (PIB). Lula se mostrou otimista em relação à economia e espera um crescimento do PIB de 3% ou mais em 2023. Para 2024, ele reconheceu que o ano será difícil devido à desaceleração econômica da China e ao aumento dos juros nos Estados Unidos. No entanto, garantiu que o governo está trabalhando para evitar que esses problemas afetem o país.
Lula destacou as potencialidades da energia verde no Brasil e a possibilidade de atrair investimentos para gerar empregos e impulsionar a economia. Ele delegou ao vice-presidente Geraldo Alckmin e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, a tarefa de promover os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tanto no Brasil quanto no exterior. Lula afirmou que o Brasil é um novo berçário de investimentos.
Em resumo, o presidente Lula admitiu as dificuldades em cumprir a meta de zerar o déficit primário até 2024, mas garantiu que o governo fará o possível para alcançar uma situação fiscal equilibrada. Ele enfatizou a importância de manter os investimentos em obras prioritárias e destacou as oportunidades oferecidas pela energia verde para impulsionar a economia brasileira.
