As mobilizações desta sexta-feira aconteceram em refinarias e usinas termelétricas em todo o país. A partir de segunda-feira (30), as manifestações vão se concentrar nas subsidiárias Transpetro, Petrobras Bio Combustíveis e TBG, a transportadora do gasoduto Brasil Bolívia. Nas terça-feira (31), os atos serão realizados nas unidades administrativas e, finalmente, na quarta-feira, 1º de novembro, será a vez das áreas de produção e exploração nas plataformas.
As assembleias realizadas pelos sindicatos na última quinta-feira (26) resultaram na decisão de aderir aos protestos. Os sindicatos rejeitaram por unanimidade, pela segunda vez, a contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho apresentada pela Petrobras.
Entre as reivindicações da categoria que a Petrobras não aceita negociar estão o plano de saúde, a reposição de 3,8% das perdas salariais passadas e de 3% de ganho real, além da equiparação das tabelas salariais das subsidiárias.
De acordo com Antony Devalle, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), os atos fazem parte da luta por um acordo que atenda os anseios dos trabalhadores. Ele ressaltou que a Petrobras tem obtido lucros exorbitantes e distribuído grandes quantias aos acionistas, e portanto é justo que os trabalhadores também tenham sua recompensa.
Embora os trabalhadores estejam em estado de greve, aprovado nas assembleias, Devalle acredita que as negociações com a Petrobras vão avançar sem a necessidade de uma greve.
Em nota, a Petrobras informou que está em processo de negociação do Acordo Coletivo 2023/2025 com as entidades sindicais e que, até o momento, não foi oficialmente notificada sobre as paralisações. A estatal reitera seu compromisso com o diálogo e enfatiza que está empenhada em negociar o acordo coletivo para garantir a segurança das pessoas, das instalações e a continuidade operacional.
As manifestações realizadas pelos petroleiros são uma forma de pressionar a Petrobras a atender suas demandas e buscar melhorias para a categoria. Resta agora aguardar os desdobramentos e acompanhar as negociações entre a estatal e os sindicatos dos petroleiros.