De acordo com a senadora maranhense, o projeto visa permitir que as famílias produzam pescado em tanques, em pequena escala, tanto para consumo próprio quanto para comercialização por meio de cooperativas. A meta inicial é que cada família produza 600 kg de pescado por mês. Eliziane Gama ressaltou a importância dessa parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura para transformar o Maranhão em um modelo a ser seguido por outros estados, aproveitando o potencial da região.
A superintendente federal de Pesca e Aquicultura do estado, Elisvane Gama, explicou que a proposta foi elaborada pela Superintendência em parceria com universidades e instituições ligadas à pesca no Maranhão. Ela também destacou o diálogo que tem sido feito com os pescadores e pescadoras das diferentes regiões do estado através dos Encontros Regionais da Pesca e Aquicultura realizados pela Superintendência.
Jadson Pinheiro, chefe do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Estadual do Maranhão, acrescentou que a proposta inclui a assistência técnica durante o período de implantação. O ministro André de Paula destacou que a recriação do Ministério da Pesca e Aquicultura teve como objetivo aproveitar o potencial hídrico do Brasil e aumentar a produção de pescado, ampliando assim a oferta de alimentos e gerando emprego e renda no campo.
A equipe do projeto recebeu orientações do ministro para planejar a proposta em colaboração com a Secretaria Nacional de Aquicultura (SNA). Paulo Faria, diretor do departamento de Desenvolvimento e Inovação da SNA, ressaltou a existência de um edital que convida a apresentação de propostas no campo da aquicultura, com recursos no valor de R$ 10 milhões disponíveis para financiar os projetos selecionados. Segundo ele, a proposta da equipe do Maranhão se encaixa bem nas diretrizes nacionais.
Atualmente, o Maranhão já produz pescados de cultivo em escala comercial, mas não possui um projeto de aquicultura familiar massificado. Em 2022, o estado despescou pouco mais de 50 mil toneladas, com destaque para os peixes nativos como tambaqui e pirarucu, além de tilápias e outros peixes como truta, pangasius e carpa.
A proposta de massificação da aquicultura familiar no Maranhão é uma iniciativa importante para promover o desenvolvimento econômico e social do estado, fortalecendo a produção de pescado e beneficiando as famílias que atuam nessa atividade. Espera-se que, com a implementação do projeto, outras regiões do país possam se inspirar e reproduzir essa iniciativa, promovendo o crescimento da aquicultura familiar em todo o Brasil.