Durante o debate, Flávio Dino ressaltou os avanços alcançados pela Polícia Federal no combate ao narcotráfico. Segundo ele, a PF já apreendeu R$ 2,29 bilhões provenientes do tráfico de drogas, um aumento de 960% em relação aos R$ 216 milhões confiscados no ano anterior. Além disso, o número de armas apreendidas também aumentou, chegando a 3.871 em 2023, contra 2.031 no ano passado.
O ministro enfatizou que esses resultados são fruto de um trabalho efetivo no combate às facções criminosas e criticou a postura de outros políticos que fazem discursos públicos contra essas organizações, mas depois se envolvem com milicianos. Flávio Dino expressou confiança de que os resultados do governo Lula em 2023 serão ainda melhores.
Na reunião, Flávio Dino respondeu a quatro requerimentos feitos pelos deputados Evair Vieira de Melo, Nikolas Ferreira, Junio Amaral e Bia Kicis. Os temas abordados incluíram a atuação de empresas de tecnologia no Brasil, as câmeras de segurança do ministério, supostas interferências na Polícia Federal e o orçamento do ministério para 2024.
Durante o debate, houve momentos de tensão entre os parlamentares, levando a presidente da comissão, Bia Kicis, a pedir calma aos deputados. Flávio Dino destacou que o diálogo com empresas e plataformas da internet tem sido fundamental e ressaltou o respeito das mesmas às leis brasileiras.
Uma das questões levantadas foi a participação do governo na investigação da CPMI do dia 8 de janeiro. Evair Vieira de Melo acusou o governo de não colaborar com a investigação, mas Flávio Dino rebateu, afirmando que o relatório da CPMI foi aprovado.
O ministro também desmentiu as acusações de interferência na Polícia Federal e garantiu que nunca teve contato com o delegado responsável pelo inquérito. Em relação ao orçamento para a segurança pública em 2024, Flávio Dino informou que o valor previsto é o mesmo deste ano, sem considerar emendas parlamentares.
Durante a reunião, Flávio Dino informou que os temas abordados fazem parte de outros 102 pedidos de convocação e sugeriu a realização de uma comissão geral no Plenário como alternativa. Vale ressaltar que a ausência injustificada do ministro pode configurar crime de responsabilidade, podendo resultar em processo de impeachment.
No entanto, é importante destacar que o ministro faltou à audiência marcada pela Comissão de Segurança Pública, alegando ter sido ameaçado por integrantes do colegiado. Ainda assim, Flávio Dino compareceu à Comissão de Fiscalização pela oitava vez e apresentou os resultados alcançados pelo governo na área da segurança pública.
