Em julho deste ano, o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), atualizou sua tabela incluindo lançamentos e novas versões de veículos elétricos. Essa tabela permite que os consumidores conheçam os modelos e versões com menor consumo em determinada categoria, conforme explica o presidente do Inmetro, Márcio André Brito.
No entanto, é importante entender como é feita a medição da autonomia dos veículos elétricos. Em janeiro deste ano, o Inmetro alterou as diretrizes da tabela do PBEV, implementando um novo índice de medição que reduz em cerca de 30% o alcance declarado pelas fabricantes. Anteriormente, eram utilizados os ciclos WLTP, EPA e NEDC para essa finalidade. O objetivo do Inmetro com essa mudança é fornecer um cálculo mais preciso e realista da duração das baterias dos veículos elétricos.
De acordo com a tabela do PBEV, os 10 modelos de veículos com maior autonomia são: BMW iX xDrive50, com uma capacidade de percorrer 528 km; seguido pelo BMW i7 xDrive60, que tem autonomia de 479 km; e pelo BMW iX M60, que percorre 431 km com uma carga completa. Além desses, outros modelos como o Chevrolet Bolt, Ford Mustang Mach-E GT e Mercedes-Benz EQS 450 também aparecem na lista.
Essa tabela do Inmetro é uma importante ferramenta para os consumidores que desejam adquirir um veículo elétrico e buscam informações sobre autonomia. No entanto, é importante ressaltar que os preços desses veículos ainda são altos, com o modelo mais econômico custando cerca de R$ 120 mil, o que limita o acesso da maioria da população brasileira.
Apesar disso, o interesse pelos carros elétricos tem crescido, e muitas pessoas estão dispostas a investir nessa tecnologia. Com a evolução das baterias e o desenvolvimento da infraestrutura de recarga, espera-se que os veículos elétricos se tornem mais acessíveis no futuro, contribuindo para a redução das emissões de gases poluentes e para um ambiente mais sustentável.