Inicialmente, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) informou que cinco pessoas haviam falecido no acidente. No entanto, durante o resgate, os socorristas descobriram que os membros decepados de uma mulher pertenciam a uma vítima já contabilizada, resultando em um total de quatro óbitos no local. Mais tarde, o número de mortos foi atualizado para cinco, sendo quatro no local do acidente e um no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
Além disso, foi constatado que o ônibus estava com os pneus carecas e que chovia no momento do ocorrido. O motorista prestou depoimento no local do acidente ainda no sábado.
O veículo, que fazia o trajeto Maranhão-Brasília, atuava de forma clandestina. O motorista recebeu ordem de parada no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da BR-070, próximo a Águas Lindas de Goiás, onde foi constatado que se tratava de transporte pirata. De acordo com o protocolo, os fiscais da ANTT escoltariam o ônibus até o terminal rodoviário mais próximo, onde os passageiros seriam deixados e providenciado um transporte regular para o prosseguimento da viagem.
No entanto, na altura de Ceilândia, o motorista acelerou o veículo na tentativa de escapar dos fiscais, perdendo o controle da direção e capotando o ônibus no canteiro central da BR-070.
O ônibus transportava 32 passageiros, sendo que sete foram levados com ferimentos leves para hospitais regionais, quatro em estado grave para as mesmas unidades de saúde e outras sete sem gravidade para o Hospital de Base. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal organizou uma força-tarefa para atender a todos os feridos, com a colaboração do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e dos bombeiros.
A ANTT lamentou o ocorrido por meio de nota e expressou solidariedade aos familiares das vítimas. A agência informou que o ônibus estava irregular e não possuía autorização para transporte interestadual de passageiros, sendo considerado um serviço clandestino. Como parte do procedimento padrão em casos de flagrante como esse, o veículo foi escoltado até o terminal rodoviário mais próximo, onde seria efetivamente apreendido e os passageiros poderiam seguir viagem por uma linha regular, sob a responsabilidade da empresa infratora.
O acidente trágico reforça a importância da fiscalização e combate ao transporte clandestino, visando garantir a segurança dos passageiros e evitar tragédias como essa. As autoridades competentes devem realizar investigações para apurar as responsabilidades e tomar as medidas adequadas.