Francisco destacou que o diálogo não pode se limitar a fronteiras nacionais, mas deve ser estendido a todo o mundo. Ele ressaltou a importância das tecnologias de comunicação na facilitação do diálogo universal nos dias atuais. O papa enfatizou que desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo tem enfrentado diversas guerras, levando-o a dizer que estamos vivendo uma guerra mundial em pedacinhos.
A entrevista foi concedida à presidenta da Télam, Bernarda Llorente, em setembro, antes do atual conflito entre o grupo Hamas e Israel. Durante a conversa, o papa apontou as principais origens das guerras, como a exploração e o controle territorial. Além disso, ele destacou que muitas guerras são promovidas por ditaduras, sejam elas declaradas ou não.
O papa também abordou o tema das crises e sua importância na resolução de conflitos. Ele afirmou que as crises são como vozes que indicam o caminho a ser seguido e que também podem gerar crescimento, tanto para famílias quanto para países e civilizações.
Ao falar sobre a resolução de conflitos, Francisco criticou a crença em um único Messias capaz de solucionar todos os problemas. Ele enfatizou que o Messias já veio e salvou a humanidade, e que todos aqueles que se propõem a resolver conflitos são apenas “palhaços messiânicos”. Para ele, a gestão de conflitos é uma sabedoria que deve ser buscada, e sem os conflitos não é possível progredir.
Durante a entrevista, o papa também condenou a exploração do trabalho e ressaltou que a contratação de trabalhadores sem registro e a negociação de direitos trabalhistas levam o trabalho à escravidão. Ele deixou claro que não é comunista, mas sim um seguidor do Evangelho.
A entrevista exclusiva com o papa Francisco será transmitida pela TV Brasil neste sábado, a partir das 19h30. É uma oportunidade para o público conhecer as reflexões do pontífice sobre temas como guerra, diálogo, crises e trabalho.