A decisão de exonerar Batista foi anunciada em coletiva de imprensa pelo general de Brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado Maior do Comando Militar do Sudeste. Gama destacou que todos os processos do Arsenal estão sendo revisados para identificar onde ocorreu o erro e afirmou que os militares responsáveis serão responsabilizados.
O general também revelou que já foram enviados formulários de apuração disciplinar para “dezenas” de militares envolvidos, que estão no prazo para apresentar suas defesas. Ele não descartou a possibilidade de militares estarem envolvidos no furto das armas e ressaltou que a situação está sendo investigada.
Na quinta-feira (19), a Polícia Civil do Rio de Janeiro recuperou oito das 21 metralhadoras furtadas do Exército. As armas foram encontradas dentro de um carro roubado no bairro Gardênia Azul, zona oeste do Rio de Janeiro. Entre as armas recuperadas estão quatro das 13 metralhadoras calibre 50, que têm capacidade para derrubar aeronaves, e quatro das oito metralhadoras MAG 7.62.
As investigações indicam que as armas foram adquiridas por uma facção criminosa envolvida em uma disputa territorial na zona oeste do Rio. Segundo informações de inteligência, o armamento estava sendo deslocado da Rocinha para a Gardênia.
O desaparecimento das armas foi notado em 10 de outubro durante uma inspeção. Após a descoberta, o Comando Militar do Sudeste determinou o aquartelamento dos militares da unidade e abriu uma investigação para apurar o caso. Atualmente, cerca de 160 militares estão aquartelados no Arsenal de Guerra.
Gama garantiu que os militares envolvidos no caso serão expulsos da Força, no caso dos temporários, e encaminhados a um conselho de sanções, no caso dos militares de carreira. Além disso, os responsáveis também responderão criminalmente na esfera da Justiça Militar. A integridade do local onde as armas estavam foi conferida em setembro, mas o furto só foi descoberto em outubro.
