Eliziane Gama se pronunciou sobre as ameaças e ressaltou a importância de receber apoio e proteção diante da situação. No dia da votação do relatório, ela afirmou: “Diante de tudo o que recebi de ameaças, eu preciso de um apoio e uma defesa. E quero solicitar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que assegure uma proteção a mim e à minha família”.
A senadora foi responsável por pedir o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais 60 pessoas no seu relatório final da CPI. Em decorrência disso, ela estará acompanhada por policiais legislativos em tempo integral, tanto em Brasília quanto no Maranhão, seu estado de origem. Além disso, a equipe da senadora também encaminhou à Polícia Federal as mensagens de ameaça à sua integridade e os perfis que a atacaram nas redes sociais.
O relatório de Eliziane Gama foi aprovado por 20 votos a favor e 11 contra na última quarta-feira. Agora, a CPI pretende encaminhar o resultado da investigação parlamentar para oito órgãos diferentes.
Além de Jair Bolsonaro, a lista de pedidos de indiciamento inclui nomes como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-diretor da Polícia Federal Rodoviária (PRF) Silvinei Vasques, os ex-ministros Anderson Torres (Justiça), Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), além da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
O relatório da CPI sustenta que Jair Bolsonaro e alguns de seus aliados mais próximos foram diretamente responsáveis pelos atos de 8 de janeiro, quando as sedes dos três Poderes foram invadidas e depredadas, numa tentativa de ruptura democrática.
É importante ressaltar que a proteção à senadora Eliziane Gama é uma medida necessária para garantir sua segurança diante das ameaças recebidas. A atuação da CPI do 8 de Janeiro tem gerado grande repercussão e esse episódio indica a tensão envolvida nas investigações.