Ao comparar agosto de 2023 com o mesmo período do ano anterior, verificou-se uma contração na indústria geral (-0,1%) e na indústria de transformação (-0,5%), após fortes quedas em abril (-16,4%) e junho (-17,0%). Essa tendência de declínio fica ainda mais evidente quando observamos os números referentes ao período de janeiro a agosto deste ano, que mostraram uma queda em todos os segmentos industriais. A indústria geral, a indústria extrativa e a indústria de transformação registraram quedas de -3,6%, -9,5% e -2,6%, respectivamente.
Esses resultados negativos podem ser atribuídos à redução no volume produtivo de determinados setores, como o de bebidas, minerais não metálicos e metalurgia. De fato, o segmento metalúrgico é motivo de preocupação, uma vez que apresentou uma variação de -11,1% de janeiro a agosto de 2023. Vale ressaltar que esse setor tem grande relevância na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, contribuindo com 27,6% do Valor de Transformação Industrial (VTI).
Por outro lado, algumas áreas conseguiram apresentar evoluções positivas, como a indústria de produção de alimentos (+8,6%) e a produção de celulose, papel e produtos de papel (+4,3%). Ambas têm participação significativa no VTI estadual, com 8,5% e 23,3%, respectivamente.
No entanto, é importante ressaltar que, mesmo com o crescimento desses setores, a produção industrial maranhense ainda enfrenta dificuldades em acompanhar o ritmo de outras regiões. A fabricação de produtos alimentícios e de celulose, papel e produtos de papel cresceu de forma mais expressiva no Maranhão em comparação com o Nordeste e o Brasil. Já no segmento metalúrgico, a queda na produção foi mais acentuada no estado quando comparada com as demais regiões.
Diante desse cenário, é fundamental que sejam adotadas medidas para impulsionar o setor industrial no Maranhão. Ações voltadas para o estímulo da produção e o incentivo à inovação podem contribuir para reverter essa tendência de declínio e impulsionar o desenvolvimento econômico do estado.