De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), a clínica, que é de propriedade do indiciado, tem sido alvo das autoridades por conta da morte de dois pacientes. Já é a segunda vez neste ano que o local é palco de um óbito suspeito. Em março, um homem de 27 anos foi encontrado morto com sinais de violência no pescoço.
No final de setembro, cinco funcionários da clínica foram presos em flagrante após a morte de um homem de 39 anos, que estava em tratamento na instituição. Segundo testemunhas, a vítima teria sido amarrada e agredida com objetos de madeira e ferro. Ao chegar ao hospital, o paciente já estava sem vida.
A investigação apontou que o proprietário tinha conhecimento dessas ocorrências violentas nas dependências da clínica. Por esse motivo, o indivíduo foi preso e agora se encontra à disposição da Justiça. A defesa do dono da instituição foi contatada pela Agência Brasil, mas até o momento não houve retorno.
O caso gera preocupação sobre a segurança e a qualidade dos serviços prestados por clínicas de reabilitação no Brasil. A violência dentro desses estabelecimentos é algo inaceitável e configura uma séria violação dos direitos humanos. É preciso que as autoridades fiscalizem rigorosamente esses locais, garantindo a integridade física e psicológica dos internos.
É importante ressaltar que o tratamento de dependência química deve ser realizado de maneira ética e responsável, sem o uso de práticas violentas ou degradantes. A recuperação do paciente requer ações humanizadas e profissionais capacitados, que visam à reabilitação e ao acompanhamento adequado de cada indivíduo.
Diante desse triste episódio, é imprescindível que haja uma revisão dos protocolos de avaliação e controle das clínicas de reabilitação, a fim de assegurar a segurança e o bem-estar dos internos. As famílias que buscam ajuda nesses estabelecimentos devem poder confiar que seus entes queridos serão tratados com dignidade e respeito. A sociedade como um todo deve exigir a transparência e a responsabilização dos envolvidos nesse caso e em outros similares que possam surgir no futuro.