A investigação teve início a partir de uma ação do serviço de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da PF, que resultou na abordagem de um caminhão carregado de maconha na divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro por duas viaturas da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas da Polícia Civil. Após escoltarem o caminhão até a Cidade da Polícia Civil, os policiais civis negociaram com um advogado ligado aos traficantes a liberação da carga e do motorista mediante o pagamento de propina.
Após o recebimento do pagamento, o caminhão com a droga foi escoltado por três viaturas da delegacia até os acessos de Manguinhos, comunidade dominada pela principal facção criminosa do estado. Lá, os criminosos descarregaram as 16 toneladas de maconha.
A operação resultou em cinco mandados de prisão e seis de busca e apreensão, que foram cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro e Saquarema, na Região dos Lagos. Até mesmo a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, na Cidade da Polícia, foi alvo das buscas realizadas pelos policiais federais.
A investigação foi conduzida pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (Gise/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ), com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil. A operação recebeu o nome de Drake, em referência ao pirata e corsário inglês Francis Drake, conhecido por saquear caravelas que transportavam materiais roubados.
Em nota, a Polícia Civil informou que sua corregedoria apoiou a operação e que está instaurando processos administrativos-disciplinares. Além disso, a nota reforça o compromisso da polícia em combater qualquer desvio de conduta e atividade ilícita, em defesa da sociedade.