Organizada há 28 anos pela ONG Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, a parada é considerada o terceiro maior evento da cidade e marca a luta por direitos iguais, combatendo a intolerância, o preconceito e o ódio. Desde sua primeira edição, a marcha tem sido um importante espaço de visibilidade e reconhecimento da comunidade LGBTI+.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há pelo menos 2,9 milhões de pessoas no Brasil com 18 anos ou mais que se declaram lésbicas, gays ou bissexuais. No entanto, ainda não há levantamentos oficiais sobre as demais identidades que compõem a comunidade LGBTQIAP+.
Infelizmente, a homofobia continua sendo uma questão alarmante no país. O Relatório de Mortes Violentas de LGBT+ no Brasil, elaborado pelo Grupo Gay da Bahia, revela que em 2021 foram registradas 300 mortes violentas de LGBT+, um aumento de 8% em relação ao ano anterior. Dentre essas mortes, foram contabilizados 276 homicídios e 24 suicídios. Em 2022, até o momento, foram registradas 256 mortes.
Recentemente, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Essa medida representa um retrocesso nos direitos conquistados pela comunidade LGBTI+, pois em 2011 o casamento homoafetivo foi considerado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, desde 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu que nenhum cartório no Brasil pode recusar a celebração do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Desde então, mais de 76 mil casais registraram sua união em cartórios, com uma média de 7,6 mil casamentos por ano, sendo 56% entre casais femininos e 44% entre casais masculinos.
A 28ª Parada do Orgulho LGBTI+ Rio está marcada para o dia 19 de novembro, a partir das 11h, com concentração no Posto 5, em Copacabana. O evento promete ser um momento de resistência, celebração e luta pelos direitos da comunidade LGBTI+, reforçando que o amor, a cidadania e a luta jamais irão recuar.