A medida de manter 480 militares aquartelados foi tomada como uma medida administrativa após a descoberta de que 21 metralhadoras haviam desaparecido do arsenal. Ao todo, 13 dessas armas são do calibre .50, capazes de derrubar aeronaves, e 8 são do calibre 7,62.
A falta das armas foi notada durante uma inspeção realizada no dia 10 de outubro. Imediatamente, o comando tomou todas as providências administrativas para apurar o ocorrido e instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM). Para auxiliar nas investigações, a tropa aquartelada está sendo ouvida, com o objetivo de obter dados relevantes para o caso.
Vale ressaltar que as armas em questão são consideradas inservíveis e estavam no arsenal, pois essa unidade é responsável pela manutenção técnica dos equipamentos e pelo processo de desfazimento e destruição das armas que não podem ser reparadas.
Diante da situação, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que as polícias Civil e Militar estão empenhadas em ajudar a localizar as armas e também na identificação e prisão dos responsáveis pelo furto. Através do sistema de segurança Muralha Paulista, que conta com câmeras e radares interligados, está sendo realizada uma análise dos registros digitais de veículos e pessoas nas vias próximas ao local, com o objetivo de identificar qualquer anomalia relacionada ao caso. No entanto, é importante ressaltar que a investigação está sob responsabilidade do Exército.
Segundo o Instituto Sou da Paz, esse é o maior furto de armas do Exército desde 2009. O recorde anterior ocorreu nesse mesmo ano, quando sete fuzis foram roubados de um quartel em Caçapava, no Vale do Paraíba, porém, posteriormente, essas armas foram recuperadas.
As autoridades continuam empenhadas em esclarecer o caso e recuperar as metralhadoras roubadas, e a população aguarda ansiosa por novas informações sobre o desenrolar da investigação.