Durante uma reunião conjunta das comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, de Desenvolvimento Urbano e de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados, Pimenta discutiu o tema e explicou que o Programa BNDES de crédito solidário atualmente se destina a pequenos empreendedores e agricultores familiares atingidos pela calamidade pública, o que representa 98% da economia local.
No entanto, o ministro afirmou que a intenção é criar um programa específico para empresas que têm faturamento de até R$ 300 milhões, uma linha do BNDES que está sendo regulamentada. Essa medida visa atender também as empresas maiores que foram afetadas pelas enchentes.
Para o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o esforço conjunto dos governos federal, estadual e das prefeituras foi fundamental para mitigar os efeitos da calamidade. Góes reforçou que o governo federal deve injetar mais de R$ 1 bilhão de recursos no estado, entre créditos extraordinários para recuperação habitacional e adiantamento de dinheiro do FGTS.
Além disso, os deputados da bancada gaúcha pretendem adiantar R$ 100 milhões disponíveis em emendas parlamentares para suprir as necessidades imediatas das prefeituras. O deputado Marcel van Hattem informou que os parlamentares vão se reunir para solucionar questões técnicas e viabilizar o envio desse recurso.
Durante a reunião, prefeitos de cidades gaúchas atingidas pelas enchentes reclamaram da burocracia para a liberação do dinheiro destinado à recuperação da economia local. O diretor-geral da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Leandro Evaldt, pediu urgência para atender às 14 grandes empresas afetadas do Vale do Taquari e sugeriu que as operadoras de crédito regionais fossem autorizadas a operar esses recursos, o que facilitaria os repasses.
O deputado Zucco também cobrou agilidade do auxílio federal e destacou a necessidade de planejamento por parte das prefeituras. O ministro Waldez Góes reconheceu os entraves da burocracia, mas reforçou o compromisso do governo federal em executar as etapas de reestruturação e prevenção de tragédias naturais.
Ele também mencionou o pacto federal para o monitoramento e a retomada de construção de barragens, que deve ser firmado por todos os estados até o final do mês.
É importante ressaltar que a audiência pública discutiu essas questões e contou com a participação de autoridades e parlamentares. A situação das cidades gaúchas afetadas pelas enchentes é preocupante, e medidas como a extensão da linha de crédito do BNDES e a disponibilização de recursos por parte do governo federal são essenciais para auxiliar na recuperação dessas regiões. A agilidade na liberação dos recursos e a superação da burocracia são desafios que precisam ser enfrentados para garantir a efetividade das ações de reconstrução.