Caso ocorra um contato inadequado com a luz direta do eclipse, Fernandes orienta a busca imediata por um oftalmologista para tentar minimizar os efeitos danosos da queimadura. No entanto, ele ressalta que mesmo utilizando o filtro adequado, a observação do eclipse deve ser intercalada, pois não há um tempo determinado seguro para olhar o fenômeno.
Um exemplo dos perigos da observação inadequada do eclipse é o caso de Samira Ortega, de 35 anos, que ficou duas semanas sem enxergar com o olho esquerdo após olhar diretamente para o eclipse por alguns segundos. Ela procurou um médico horas depois, e foi constatado que suas retinas foram queimadas, deixando uma mancha até hoje. Samira foi diagnosticada com maculopatia solar, uma condição que requer acompanhamento com oftalmologista, tratamento e uma série de exames.
É importante destacar alguns cuidados a serem tomados ao observar um eclipse. Além de não olhar diretamente para o sol durante o fenômeno, é recomendado o uso de óculos específicos para observação ou filtros de solda número 14 ou maiores, que possuam proteção contra raios UV e infravermelhos. É fundamental evitar o uso de óculos escuros convencionais, telefones celulares, câmeras fotográficas, binóculos ou telescópios sem a orientação de especialistas quanto ao tipo de filtro correto a ser utilizado.
O eclipse solar deste sábado é uma oportunidade única de observar esse fenômeno astronômico, mas é necessário estar ciente dos riscos e tomar as devidas precauções para proteger a visão.