O Centro de Saberes Tenetehar tem como objetivo promover ações voltadas para a educação, saúde, cultura, produção agrícola e preservação ambiental, buscando a integração e autonomia dos povos indígenas da Terra Indígena (TI) Araribóia. Além disso, o centro oferece educação bilíngue, em Tupi e português, para todas as faixas etárias.
O governador Carlos Brandão enfatizou o momento como histórico e destacou a importância da união em prol dos povos originários. Ele ressaltou que a instituição será uma referência não apenas para o Maranhão, mas para o Brasil e para o mundo, e afirmou que essa obra será um grande legado. Já a ministra Sônia Guajajara destacou que a abertura do Centro de Saberes representa a inauguração de uma universidade indígena dentro de um território indígena, possibilitando que a juventude tenha acesso ao Ensino Superior.
Durante o evento, também foram assinados protocolos de intenções entre o Instituto Tukán, responsável pelo centro, e a Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UemaSul) e o Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema). Essas parcerias permitirão que sejam oferecidos diversos cursos na unidade.
A inauguração dessa etapa inicial da obra contou com o patrocínio da Equatorial e da Fribal, através da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Maranhão. O projeto inicial envolvia o registro fotográfico dos povos originários e foi crescendo com outras propostas, o que uniu as empresas, a gestão estadual e o apoio da gestão federal, resultando na proposta da universidade.
Além do lançamento da ampliação do Centro de Saberes, também foi lançada a exposição “Ritos Tenetehar”, dos fotógrafos Taciano Brito e Meireles Jr. A mostra revela a beleza e a profundidade dos rituais Tenetehar.
Para o presidente do Instituto Tukán, Sílvio Guajajara, essa inauguração é de suma importância para a retomada da educação indígena e fortalecerá a cultura, língua e identidade do povo. Já a diretora executiva do Instituto Tukán, Fabiana Guajajara, definiu o momento como um divisor de águas para o povo indígena e outros povos, e expressou gratidão por essa conquista.
O diretor-geral da Fribal, Carlos Schmidt, destacou a importância da união de setores do governo e da iniciativa privada para fazer esse projeto se tornar realidade. Por sua vez, o diretor presidente da Equatorial Maranhão, Sérvio Túlio, afirmou que é motivo de orgulho participar desse projeto e que a semente plantada germinará e promoverá a cultura indígena.
Assim, o lançamento da pedra fundamental e a inauguração da exposição marcaram um momento histórico e único para o Maranhão, impulsionando a educação e o respeito aos povos originários. A expectativa é que, em pouco tempo, colham-se frutos desse trabalho e que a união dos entes envolvidos sirva de exemplo para a comunidade.