A tensão entre Israel e Palestina é marcada por questões geopolíticas e religiosas, uma vez que a região é sagrada para o judaísmo, o islamismo e o cristianismo. As raízes desse conflito remontam aos anos 40, quando o aumento do fluxo migratório de judeus para a região gerou atritos com os árabes-palestinos.
Após o fim do mandato britânico sobre a Palestina, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois estados em 1947, mas os árabes rejeitaram o acordo alegando que receberiam as terras com menos recursos. Mesmo assim, os judeus comemoraram a criação do Estado de Israel em 1948. Desde então, Israel tem expandido suas fronteiras em meio a conflitos violentos, enquanto os palestinos se encontram divididos entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, territórios sem conexão terrestre.
Segundo o cientista político Leonardo Paz, a situação se agrava pelo fato de Israel deter a soberania sobre a Faixa de Gaza. Ele acredita que a ação do Hamas foi sem precedentes e prevê uma mobilização do exército de Israel para ocupar Gaza e resgatar os reféns, seguida de uma resposta dura contra o Hamas.
No conflito entre Israel e Palestina, são vários os atores envolvidos. Israel, fundado em 1948, faz fronteira com diversos países e possui forte presença cultural e religiosa em Jerusalém. Já a Palestina reivindica a soberania sobre a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém como sua capital, mas a maioria dessas áreas está sob ocupação israelense. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) foi criada em 1994 com o Acordo de Oslo, estabelecendo um governo autônomo provisório. O Fatah é o maior partido político palestino dentro da OLP, enquanto o Hamas é um movimento palestino que é considerado organização terrorista por vários países.
Além disso, existe o Hezbollah, aliado do Hamas, que surgiu durante a Guerra Civil do Líbano e atua como organização política e paramilitar. No mundo islâmico, é visto como um movimento legítimo de resistência, mas no mundo ocidental é classificado como organização terrorista.
A situação entre Israel e Palestina é de impasse, com diferentes atores envolvidos e posições divergentes. Enquanto Israel afirma que não pode oferecer soberania a um Estado Palestino devido à falta de segurança, o Hamas luta pela independência e não reconhece o Estado de Israel. Essa complexa dinâmica torna cada vez mais difícil a resolução pacífica desse conflito que já se arrasta há décadas.