As tensões entre Israel e Palestina são complexas e envolvem questões geopolíticas, territoriais e religiosas. A região é de importância fundamental para o judaísmo, o islamismo e o cristianismo. O conflito tem suas raízes na década de 1940, quando o aumento do fluxo de imigrantes judeus provocou confrontos entre a nova população e os árabes palestinos.
Após o término do mandato britânico sobre a Palestina, a ONU propôs a criação de dois estados, em 1947. No entanto, a proposta foi rejeitada pelos árabes, que argumentaram que ficariam com territórios menos ricos em recursos naturais. Mesmo assim, os judeus celebraram a criação do Estado de Israel em 1948.
Ao longo dos anos, Israel expandiu suas fronteiras em meio a conflitos violentos, enquanto os palestinos ficaram divididos entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, dois territórios sem ligação terrestre.
A Guerra dos Seis Dias, em 1967, foi um ponto de inflexão para o conflito. Israel anexou diversos territórios nesse período, ampliando seu tamanho original e complicando ainda mais a situação.
Israel compartilha fronteiras com países como Líbano, Síria, Jordânia e Egito. Jerusalém desempenha um papel central nas principais religiões, abrigando locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos. Enquanto Tel Aviv é o centro financeiro de Israel, conhecido por suas praias e arquitetura.
Benjamin Netanyahu, líder do partido Likud, é o atual Primeiro-Ministro de Israel, ocupando o cargo desde 2022. Ele é o líder político que mais tempo esteve à frente do país na história israelense.
Por sua vez, a Palestina reivindica a soberania sobre a Cisjordânia, Faixa de Gaza e considera Jerusalém como sua capital, com sua sede administrativa localizada em Ramallah, na Cisjordânia. No entanto, a maioria dessas áreas está sob ocupação israelense desde a Guerra dos Seis Dias.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) foi criada em 1964 como a representante legítima do povo palestino e tinha como objetivo original a libertação da Palestina por meio de ações armadas. No entanto, a OLP oficialmente endossou uma solução de dois estados em 1988, apoiando a coexistência de Israel e Palestina. Em 1993, Yasser Arafat, então presidente da OLP, reconheceu oficialmente o Estado de Israel em uma carta ao primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin.
Israel, por sua vez, reconheceu a OLP como a representante legítima do povo palestino. Contudo, o Hamas, que também é um grupo palestino, não reconhece o Estado de Israel e busca a independência de um Estado Palestino.
Esse último grupo, considerado uma organização terrorista por vários países ocidentais, venceu as eleições legislativas na Autoridade Nacional Palestina (ANP) em 2006, levando a conflitos com o Fatah e resultando na expulsão deste último da Faixa de Gaza.
O Hezbollah, por sua vez, é uma organização política e paramilitar aliada ao Hamas. Surgiu durante a Guerra Civil do Líbano e é visto como um movimento de resistência legítimo no mundo islâmico, embora seja rotulado como organização terrorista por diversos países ocidentais.
Com todos esses atores envolvidos, o conflito entre Israel e Palestina continua a ser um desafio complexo e uma questão urgente a ser resolvida. A busca por uma solução pacífica que contemple os interesses de ambas as partes é fundamental para o estabelecimento de uma paz duradoura na região.