De acordo com a companhia, é importante acompanhar o desenvolvimento das culturas ao longo da temporada e fazer os ajustes necessários. Há a possibilidade de que a produção desta safra supere a da safra passada. Entre as principais culturas analisadas pela Conab, o arroz apresenta uma estimativa inicial de crescimento tanto na área plantada quanto na produtividade média, com uma expectativa de produção de 10,8 milhões de toneladas, um aumento de 7,7% em relação à safra anterior.
A Conab também prevê uma recuperação na área plantada de feijão, podendo atingir 2,78 milhões de hectares no total dos três períodos de cultivo do ano-safra. O plantio da primeira safra já está em andamento em estados como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. A expectativa é de uma produção total de 3,1 milhões de toneladas, um aumento de 0,8% em relação à temporada anterior.
Segundo a Conab, os produtores estão confiantes devido aos anúncios do governo federal de políticas públicas para estimular a produção de alimentos, como os planos safras, as compras públicas e a garantia dos preços mínimos. Essas medidas podem estar levando à recuperação da área plantada de arroz e de feijão.
Para a cultura da soja, principal grão cultivado no país, as estimativas são de crescimento tanto na área como na produtividade, porém em um ritmo mais lento do que no último ano-safra. Com uma área prevista de 45,18 milhões de hectares e uma produtividade média estimada em 3.586 quilos por hectare, a produção deve atingir pouco mais de 162 milhões de toneladas, um novo recorde para a cultura.
Já a cultura do milho apresenta um cenário oposto, com uma redução na área plantada e na produtividade média. A produção total esperada para a safra 2023/24 é de 119,4 milhões de toneladas, abaixo das mais de 130 milhões de toneladas colhidas no ciclo passado.
Em relação ao algodão, a previsão inicial indica um aumento na área plantada e uma produção estimada de 3 milhões de toneladas de pluma. A cultura está na entressafra, passando por manejos pós-colheita, e a semeadura deve ocorrer principalmente entre novembro e janeiro. Alguns estados estão entrando no período de vazio sanitário, que visa controlar pragas e garantir a sanidade das lavouras.
A cultura do trigo apresenta um aumento na área plantada, porém uma redução na produtividade em comparação a 2022. A expectativa é de uma produção de 10,5 milhões de toneladas. As condições climáticas registradas nos principais estados produtores tiveram impacto no potencial produtivo, com excesso de chuvas e surgimento de doenças associadas à umidade.
Em relação ao comércio, a Conab ajustou as estimativas de estoques de passagem do trigo para 957,7 mil toneladas. Já para o arroz, a recuperação produtiva no Brasil e a menor oferta de países exportadores podem resultar em um volume exportado pelo país em torno de 2 milhões de toneladas, enquanto os estoques devem permanecer estáveis em 1,7 milhão de toneladas ao final de 2024.
No caso da soja, as exportações brasileiras devem se manter elevadas, com estimativa de 102,14 milhões de toneladas exportadas em 2024. Já o milho terá uma oferta nacional menor, o que pode resultar em 38 milhões de toneladas exportadas, uma queda de 26,9% em relação à safra anterior.
Os boletins completos das safras de grãos estão disponíveis no site da Conab.
