Alexandre Almeida foi um desses visionários, um contador de histórias, um cinegrafista, um documentarista que escolheu sua profissão como um farol, iluminando o caminho para a valorização da cultura em nosso amado Maranhão.
Foi através de seu notável trabalho no documentário “Ribeirinhos de Sol a Sol” que Alexandre nos mostrou que a cultura maranhense ultrapassa fronteiras geográficas. Seus olhos sensíveis e sua lente mágica navegaram pelas águas dos rios e pelos corações das comunidades ribeirinhas, capturando a vida e as tradições dessas pessoas. Por meio de suas imagens, ele nos revelou que a cultura é uma força viva, em constante movimento, fluindo como a água dos rios.
Além de ser um contador de histórias nas telas, Alexandre também era um guerreiro nas trincheiras dos Movimentos Culturais. Como membro fundador da Casa das Artes, ele desempenhou um papel fundamental na criação de espaços para artistas e amantes da cultura expressarem-se e se conectarem. A paixão de Alexandre era evidente em cada evento, exposição e iniciativa cultural que ele apoiava. Ele era um visionário que via a cultura como uma ponte capaz de unir nosso Estado e sua gente.
Hoje, lamentamos a perda de um amigo, um filho de Imperatriz que encontrou na capital federal e em São Jorge uma segunda casa. Alexandre também atuava como guia turístico na Chapada dos Veadeiros.
Ele caminhou ao lado de tantas lutas em prol da cultura no Maranhão. Embora a dor de sua partida seja insuperável, seu legado permanece. Os sonhos de Alexandre continuam vivos em nossos corações e mentes.
Cada vez que assistirmos a um filme, admirarmos uma obra de arte ou ouvirmos uma música, lembraremos de Alexandre Almeida. Ele nos ensinou que a cultura é uma herança preciosa que deve ser preservada com paixão e dedicação. Seu farol pode ter se apagado, mas a luz que ele trouxe para nossas vidas continuará a brilhar, iluminando o caminho para um Maranhão mais rico em cultura, mais conectado e mais amoroso.
Meu amigo e irmão, você partiu cedo demais, mas seu legado é eterno. Descanse em paz, nosso cinegrafista, nosso contador de histórias. Suas imagens e seu espírito continuarão a nos inspirar, e sua paixão pela cultura do Maranhão viverá para sempre.
