De acordo com comunicado oficial, a perfuração dos poços está prevista para começar nas próximas semanas, logo após a chegada da sonda no local. O objetivo da pesquisa exploratória é obter mais informações geológicas da área e avaliar a viabilidade econômica da descoberta de petróleo realizada em 2013 no poço de Pitu. Vale ressaltar que, nessa fase, não há produção de petróleo.
Antes de conceder a licença, o Ibama realizou um simulado in loco, chamado de Avaliação Pré-Operacional (APO), para comprovar a capacidade da Petrobras de responder de forma imediata e eficiente a um possível vazamento de petróleo. Comprovada essa capacidade, a estatal recebeu a autorização para dar seguimento às suas atividades.
Essa licença também permitirá à empresa identificar o potencial de exploração de petróleo em dois blocos exploratórios: BM-POT-17 e POT-762. Essas concessões foram obtidas pela Petrobras em licitações realizadas pela ANP em 2006 e 2018, respectivamente.
A Bacia Potiguar, que abrange partes dos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará, faz parte da Margem Equatorial brasileira e é considerada uma das mais promissoras fronteiras mundiais em águas profundas e ultra profundas. Descobertas recentes feitas em regiões próximas, como Guiana e Suriname, indicam um grande potencial de produção de petróleo para essa região.
A Petrobras tem planos ambiciosos para a Margem Equatorial, pretendendo perfurar 16 poços exploratórios nos próximos cinco anos. O investimento previsto para essa região é de aproximadamente US$ 3 bilhões, destinados a projetos de pesquisa e investigação do potencial petrolífero local.
De acordo com a estatal, as novas fronteiras brasileiras são fundamentais para garantir a segurança e a soberania energética do país, especialmente em um contexto de transição energética e economia de baixo carbono. A busca por novas reservas de petróleo é crucial para o desenvolvimento do setor e para a sustentabilidade energética do Brasil.
Com a confirmação da licença ambiental, a Petrobras poderá avançar em suas atividades exploratórias na Bacia Potiguar, contribuindo para o desenvolvimento do setor de petróleo e gás no país e para a economia nacional.